A 'Bússola' chegou!

Quando li 'Fronteiras do Universo' senti uma emoção parecida àquela de quando li 'O Senhor dos Anéis'. Para o lançamento do primeiro filme baseado na trilogia de Philip Pullman não foi diferente, fiquei tão ancioso como no dia de ver o primeiro capítulo da saga de Frodo e cia. Mas a espera não compessou o resultado.

Bem, tirando o fato de que consegui um lugar péssimo do cinema devido a um 'pequeno' atraso de uns amigos, o filme se mostrou bem mais cansativo do que a minha posição. O que pra mim foi algo realmente lamentável. Todos os conceitos e idéias, o lado subversivo, a crítica ao autoritarismo e toda a polêmica com a Igreja foram covardemente disfarçados num longa arrastado e muito confuso para quem não conhece as obras literárias. Vale pela presença da pequena Dakota Blue Richards como a protagonista Lyra, ela não só faz sua estréia no cinema em grande estilo, como entrega um dos melhores desempenhos infantis dos últimos tempos, além de segurar quase todo o filme sozinha.
A 'embalagem' é muito bem acabada. Elenco, figurino, cenários, efeitos, tudo funciona muito bem, mas algumas (e desnecessárias) mudanças feitas pelo diretor e roteirista, assim como a redução da participação de alguns personagens importantes (como a bruxa Serafina Pekkala e o aeróstata Lee Scoresby) comprometem o desenrolar da trama. Os fãs mais ardorosos (como eu) concerteza ficaram decepcionados, mas se você está afim de diversão sem compromisso vale a pena conferir, nem que seja só para ver como Nicole Kidman está ainda mais linda, ou assistir o urso Iorek Byrnison arrancar a mandíbula de um certo adversário.